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A ascenção de Uriel
Ficção Fantástica

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A ascensão de Uriel conta a história de um antagonista frio, maldoso e ambicioso. Uriel é um anjo imponente e poderoso, com uma presença magnética que atrai a atenção de todos ao seu redor. Ele irradia amor próprio e autoconfiança, exalando um ar de superioridade e orgulho. Seu porte majestoso é uma representação visual de sua força interior e de sua habilidade inquestionável em realizar tarefas divinas.

Ele é
conhecido por sua determinação e persistência incansável. Ele é meticuloso em suas ações e tem uma abordagem calculada para tudo o que faz. Sua autoconfiança inabalável o torna capaz de enfrentar qualquer desafio, e ele não hesita em mostrar suas habilidades e poderes sempre que surge uma oportunidade. Ele usa seu carisma e persuasão para influenciar os outros, tornando-se um líder nato.

Posto à prova, o Arcanjo Uriel, um serafim, se tornará o protagonista de uma fabulação intensa. Nessa trama ardilosa, que mais tarde se desdobrará em uma revelação surpreendente e inimaginável: a verdade por trás da expulsão de seu irmão, Lúcifer. O mal se revelando como bem. O bem se revelando como mal. A ascensão de Uriel será apenas um dos episódios necessários para a concretização de um propósito muito maior do que a própria existência dos deuses: a existência de todo o universo, conforme o conhecemos.

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Uriel é um anjo complexo e fascinante, cheio de força, poder e autoamor, mas também abriga uma pequena empatia em seu coração. Apesar de seu orgulho e inveja velada, ele também tem um lado compassivo e protetor, mas isso nem mesmo ele sabe. Sua jornada envolverá uma busca por autoconhecimento, aceitação própria e superação de suas escondidas inseguranças, enquanto ele se esforça para descobrir o verdadeiro significado de sua personalidade, seu próprio valor e importância no mundo celestial.

A Ascensão de Uriel é uma narrativa de autodescoberta, perdão e crescimento, na qual ele mesmo se deparará com aspectos desconhecidos de sua própria essência.

 

Convido você a adentrar no mundo de Uriel. Boa leitura!

A ASCENSÃO DE URIEL

PRÓLOGO

O segredo é saber como morrer." Assim dizem os mortais, mas eu nunca dei a devida atenção. Por uma razão muito simples, eu sou imortal! Pelo menos sob circunstâncias naturais. A convicção de viver pela eternidade nos torna negligentes em relação a conhecimentos incongruentes com nossa própria natureza. Mas não me julgo. É próprio dos seres mortais se preocuparem com a morte. No entanto, ali estava eu, um ser imortal, prestes a enfrentar a morte. Sim, a imortalidade não significa que não posso morrer. Deuses já pereceram no passado, travando guerras entre si.

 

Também se diz que, quando a morte está iminente, tudo se torna claro. E isso, eu constatei ser verdade. Foi nesse momento que percebi o quanto os mortais têm a nos ensinar.

 

Numa dessas reviravoltas que a vida nos reserva, tomei a decisão de fugir. Pelas ruas douradas da cidade de Nínive, centro do mundo dos deuses e dos anjos, eu corria ofegante, desorientado, procurando desesperadamente um lugar de refúgio, lutando pela minha sobrevivência. Meus perseguidores continuavam a me caçar com uma determinação implacável, e a cada avanço, seus incessantes passos ecoavam cada vez mais alto.

 

Já começava a sentir saudades dessa vida extraordinária, desse mundo incrível no qual o universo, em sua magnífica criação, me presenteou: Mercúrio, o mundo dos deuses e dos anjos.

 

Eu não sou um deus, mas também não sou um simples anjo serviçal. Sou um serafim, a mais alta hierarquia dos anjos. Dentre as miríades, nós, os serafins, éramos apenas sete...éramos, pelo menos. Juntos, formávamos a Ordem dos Sete Arcanjos Serafins. Minha ascensão como arcanjo chefe da ordem foi o meu início, mas também o meu fim. É esse fim que vou contar a vocês.

 

À medida que me caçavam, eu imaginava como tudo poderia ter sido diferente. A clareza das coisas na hora da morte era inegável. Persistia em minha fuga desesperada. Passei correndo em curvas pela Praça dos Sete, uma infeliz ironia. Aquela praça, construída pelos deuses em homenagem aos arcanjos, inclusive a mim, não foi lembrada quando ansiaram pela minha morte. Atravessei a fonte no centro da praça, sentindo-me exposto. Percebi que o lugar era muito aberto, então segui em direção às ruas mais estreitas. A escuridão da noite em Mercúrio, combinada com o estado de angústia da cidade, me oferecia uma pequena vantagem. A falta de iluminação e a desolação reinante me permitiam correr para escapar. No entanto, eles se mostravam implacáveis e se aproximavam cada vez mais. Até que fui encurralado. Ingratos! Ignorantes obstinados! Não compreendem o resplendor da minha existência! Urrei, mas eles não responderam uma palavra sequer.

 

Nestes momentos derradeiros, questionei para onde eu iria. Existiria vida após a morte de um anjo? Era uma questão intrigante. Na imensidão da Árvore da Vida, ninguém se atrevia a respondê-la, nem mesmo Tamuz, o deus supremo. Havia dois lugares míticos onde os mortos habitavam: Seol, o mundo dos mortos honrados, e Geena, o mundo dos mortos desonrados. No entanto, nenhum desses locais abrigava seres imortais. Isso ficou claro para os deuses. Mesmo com acesso irrestrito a qualquer Mundo da Árvore da Vida, alguns deuses empreenderam a busca por deuses mortos, mas não encontraram nada. Nem mesmo anjos mortos estavam presentes. Dessas constatações, duas conclusões podem ser tiradas: após a morte, deuses e anjos podem ir para um domínio mítico inacessível aos vivos e, portanto, ainda desconhecido, ou podem entrar em um completo estado de inexistência. A última possibilidade causava um desconforto no meu estômago só de pensar nela.

 

Lá estava eu, encurralado, vendo Ares à frente. Não restava mais nada a fazer, então recorri à oração. Era algo incomum, pois era a primeira vez que eu fazia uma. Santo, santo, santo és tu, Tamuz, o criador de todas as coisas. Onde estás? Suplico desesperadamente que me ouças. Lembra-te de mim quando adentrar o desconhecido. Não sou um monstro, tu sabes disso, tudo o que fiz foi em busca de tua glória. Agora, é com prazer que ofereço este sacrifício final.

CONTINUA...

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